Qual a organização hierárquica dos Anjos?

O tratado De Coelesti Hierarchia, atribuído a São Dionísio Areopagita, e que exerceu uma grande influência entre os escolásticos, trata com muitos detalhes as hierarquias e ordens dos anjos. Geralmente se considera que este trabalho não pertence a São Dionísio, e que foi escrito alguns séculos depois. Se bem que sua doutrina sobre os coros dos anjos seja aceita na Igreja com grande unanimidade, nenhuma proposição referente às hierarquias dos anjos é dogma de fé. A seguinte passagem de São Gregório Magno (Hom. 34., Evang.) nos dá uma ideia clara do ponto de vista dos doutores da Igreja sobre este ponto: “Sabemos pela autoridade da Escritura que existem nove ordens de anjos: Anjos, Arcanjos, Virtudes, Potestades, Principados, Dominações, Tronos, Querubins e Serafins. Que existem Anjos e Arcanjos em quase todas as páginas da Bíblia, e os livros dos Profetas falam de Querubins e Serafins. São Paulo também, escrevendo aos Efésios, enumera quatro ordens de anjos, quando disse: “sobre todo Principado, Potestade, Virtude e Dominações”, e em outra ocasião, escrevendo aos Colossenses disse: “nem Tronos, Dominações, Principados, ou Potestades”. Se unirmos estas duas listas, temos cinco Ordens, e agregando os Anjos e os Arcanjos, Querubins e Serafins, temos nove Ordens de Anjos.” Santo Tomás (Summa Theologica I:108), seguindo a São Dionísio (De Coelesti Hierarchia, VI, VII), divide os anjos em três hierarquias, cada uma das quais contém três ordens. Sua proximidade ao Ser Supremo serve para esta divisão. Na primeira hierarquia põe aos Serafins, Querubins e Tronos; na Segunda, as Dominações, Virtudes e Potestades; na terceira, a dos Principados, Arcanjos e Anjos.
Fonte: Prof. Felipe Aquino
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TRONUS (latim) é uma das Hierarquias angelicais.
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